Prêmio Vai Para Pesquisa Que Revoluciona Tratamento Do

10 May 2019 10:11
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<h1>Dicas De Lindeza Sem custo</h1>

<p>Ter cabelo curto nunca foi um sonho. Aquele velho e popular “Jo&atilde;ozinho”, sabe? N&atilde;o foi. Ter o cabelo curto n&atilde;o era uma promessa, porque sempre descobri que esse tipo de cabelo era pra mulheres com rostos fant&aacute;sticos. E o meu estava muito long&iacute;nquo de ser. Cresci entre pessoas que tinham um padr&atilde;o de lindeza muito diferente do meu. Informa&ccedil;&otilde;es Pra Se Aproximar Do CRUSH numa institui&ccedil;&atilde;o de classe m&eacute;dia alta, que, apesar de todo mundo negar as evid&ecirc;ncias do racismo brasileiro, tinha predominantemente pessoas brancas, de tra&ccedil;os finos… rostos e narizes afilados.</p>

<p>E eu, toda misturada. Um cabelo fino, enfeitando uma pele negra, marcada por um nariz de porrote e uma boca amplo. Foi nesta faculdade que escutei de um colega: “voc&ecirc; &eacute; at&eacute; bonitinha pra ser uma moreninha”. Bem… todavia n&atilde;o &eacute; sobre o racismo que almejo falar, mesmo reconhecendo que o m&eacute;todo de subjetiva&ccedil;&atilde;o que me convenceu que meu rosto era feioso tenha passado por a&iacute;. O cabelo comprido era quase um disfarce. E dessa maneira, grande, ele permaneceu por anos.</p>

<p>Ainda ensaiei um cabelo mais curto pela &eacute;poca que usava cal&ccedil;a laranja e sand&aacute;lia melissa transparente de salto. Eu me sentia independente, mesmo sem ser. Come&ccedil;ava a sair de dentro de casa, deslocar-se para festas e namorar. Sentia que podia mais. E acho mesmo que essa foi a brecha que fez com que o cabelo subisse um tanto aos ombros. At&eacute; um tanto acima. Em um est&aacute;gio afetivamente abalado, percebi que a decis&atilde;o de deixar o cabelo crescer n&atilde;o era meramente est&eacute;tica.</p>

<p>Estava dialogando com os meus tempos. Colocando o tempo do desejo para sentar &agrave; mesa, de frente para o tempo das coisas, das pessoas. Eu precisava encontrar (em mim) o meu tempo. Entender a viver o trajeto, sem me angustiar tanto com a chegada. De novembro de 2012 at&eacute; o in&iacute;cio de de 2014, assisti o meu cabelo desenvolver-se vagarosamente. Sem maneira. Senti a eternidade que atravessava o meu cabelo mais curto e me impedia de v&ecirc;-lo enorme; a mesma eternidade que, pela ocasi&atilde;o, estava entre o que eu sonhava e o tempo de enxergar o sonho efetivado.</p>

<p>Entretanto h&aacute; Fica Nervoso Perto De Uma Mulher Encantadora? , em um tempo de promo&ccedil;&atilde;o de muitos sonhos e de busca por s&iacute;mbolos que materializassem tais realiza&ccedil;&otilde;es, o cabelo curto, bem curto, passou a ser uma alternativa. Como &quot;permanecer Maravilhosa&quot; Com O Seu Uniforme Escolar! , quem sabe, este fosse o momento. Outra vez, diminuir o cabelo era mais do que uma decis&atilde;o est&eacute;tica. Curioso perceber em mim que a preocupa&ccedil;&atilde;o com a gra&ccedil;a tinha se tornado secund&aacute;ria.</p>

<ul>
<li>Foi muito bom pra aprimorar meus conhecimentos</li>
<li>Misture bem os dois ingredientes, at&eacute; que fiquem bem incorporados</li>
<li>seis de fevereiro de 2018 &agrave;s 19:28</li>
<li>2 colheres (de ch&aacute;) de am&ecirc;ndoas mo&iacute;das</li>
<li>8 N&atilde;o durma com fios molhados, dado que colabora dermatites e fungos</li>
<li>Tamb&eacute;m j&aacute; tive relacionamentos ent&atilde;o</li>
<li>quatro tratamentos ex&oacute;ticos de beleza</li>
</ul>

<p>Meu cabelo imediatamente n&atilde;o era um instrumento de prote&ccedil;&atilde;o. Ele somente precisava estar condizente com o meu instante de transforma&ccedil;&atilde;o. Ainda em vista disso, consultei outras poucas amigas. Algumas me encorajaram. Novas proporam cautela. Advertiram que eu cortasse primeiro nos ombros. Por&eacute;m eu pensava: cabelos nos ombros eu neste instante tive! Quero Ser Linda E Atraente , novas trouxeram an&aacute;lises quase estat&iacute;sticas, dizendo que, normalmente, “n&atilde;o fica bom”.</p>

<p>Mas n&atilde;o era mais pergunta de ficar agrad&aacute;vel. Dentro de mim havia a certeza que ficaria &oacute;timo de qualquer forma. At&eacute; se n&atilde;o ficasse. Cheguei em uma cabelereira que eu nem sabia da exist&ecirc;ncia com uma imagem no smartphone de um cabelo que tinha visto e achado atraente. Ela citou que conseguia fazer algo parelho. E ela cortou o meu cabelo.</p>

salao-de-beleza.jpg

<p>Eu lembro da imagem do meu cabelo no ch&atilde;o, do sil&ecirc;ncio do grupo de amigas, no momento em que enviei a primeira foto pelo whatsapp. Por&eacute;m lembro tamb&eacute;m da minha discuss&atilde;o comigo a respeito do que era mais significativo notar naquele momento. Quem eu queria que vivesse em mim? A Edna horrorosa, que tentava ser menos feia, que se protegia e se escondia atr&aacute;s de um cabelo, mesmo que, na ocasi&atilde;o, n&atilde;o tivesse consci&ecirc;ncia disso?</p>

<p>Ou queria oferecer voz a Edna que sentia e gostava do cheiro da independ&ecirc;ncia que ela gritava para o mundo… autonomia em tantos sentidos? Foi uma discuss&atilde;o franca, daquelas que vez por outra devemos ter com n&oacute;s mesmos. Conversa que, &agrave;s vezes, passa pelo cabelo. Passa pelo emaranhado que temos em n&oacute;s e nos provoca a direcionar o holofote e escolher em n&oacute;s, no notar, o que podemos iluminar. Um par&ecirc;ntese. H&aacute; quem responda que n&atilde;o se opta o que se sente.</p>

<p>A cada dia tenho mais convic&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o sentimos uma coisa s&oacute; e, por mais complexo que pare&ccedil;a, pela maioria das vezes, queremos escolher. Desejamos escolher, entre as tantas coisas que sentimos em um mesmo instante, o que perceber. Ou no m&iacute;nimo, o que notar mais, o que privilegiar. Bem… O tempo foi passando, o cabelo foi se ajustando a essa Edna que eu queria mais viva em mim. E fui me sentido mais confort&aacute;vel e (olha s&oacute;!) tamb&eacute;m atraente. Engra&ccedil;ado narrar e ponderar nisso.</p>

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